15 julho 2015

O dia em que os lápis desistiram


"O dia em que os lápis desistiram" de Drew Daywalt e Oliver Jeffers*




O dia em que os lápis disseram: “Basta!”

Um dia na escola, ao abrir a caixa dos lápis de cera, o Duarte encontra um monte de cartas. Os lápis decidiram escrever-lhe, reclamando: “Basta!”.

O lápis preto está cansado de desenhar contornos, o azul já não aguenta pintar mais oceanos, e o amarelo e o laranja já nem sequer falam um com o outro, pois cada um acredita ser a verdadeira cor do sol. E agora? O que vai fazer o Duarte?

Ilustrada por Oliver Jeffers, esta história repleta de humor ensina-nos a usar todas as cores para colorir o mundo,





Do mesmo autor
COMO APANHAR UMA ESTRELA (2013)
ESTE ALCE É MEU (2013)
PRESOS (2012)
SOBE E DESCE (2011)
PERDIDO E ACHADO (2011)
O CORAÇÃO E A GARRAFA (2010)
O INCRÍVEL RAPAZ QUE COMIA LIVROS (2009)

* Texto e imagem retirados do site da Editora Orfeu Negro.

03 julho 2015

Planeta Tangerina


A premiada Editora Planeta Tangerina já apresentou o catálogo dos seus livros de 2015.




27 junho 2015

Feira do Livro em Bolonha



A ilustradora portuguesa Catarina Sobral é uma das autoras em destaque na Feira do Livro Infantil de Bolonha, que abre hoje em Itália, com uma exposição individual e o lançamento de um livro.
Distinguida em 2014 com o prémio internacional de ilustração, atribuído por aquela feira, Catarina Sobral terá por isso, este ano, uma exposição individual, com os originais de "La sirena y los gigantes enamorados", um livro para crianças que sairá pela editora espanhola Ediciones SM.
O livro, a publicar primeiro em castelhano e só depois em português, inspira-se numa lenda sobre a Praia da Rocha (Portimão), sobre o mar e a montanha que se apaixonam por uma sereia e lutam por ela, contou a autora à agência Lusa.
Este ano, em Bolonha, há outros dois livros portugueses com especial visibilidade por terem sido igualmente premiados: "Lá fora – Um guia para descobrir a natureza", das biólogas Maria Dias e Inês Rosário, foi eleito o melhor livro na categoria "Primeira obra", e "Hoje sinto-me…", de Madalena Moniz, teve uma menção honrosa nessa mesma categoria.
A Feira do Livro Infantil e Juvenil de Bolonha, criada em 1964, é um dos principais espaços de compra e venda de direitos de livros, mas também inclui exposições, distingue os melhores livros editado em todo o mundo, promove debates e encontros com autores e ilustradores.
Este ano, a Croácia é o país convidado da feira. Em 2012 foi Portugal, com particular destaque para a mais recente produção literária portuguesa.
A participação oficial portuguesa na feira dá-se com a Direção-Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas, que apresentará, num 'stand' próprio, uma seleção de livros editados ao longo do último ano e publicados recentemente no estrangeiro.
A Feira de Bolonha termina a 02 de abril, Dia Internacional do Livro Infantil. Até lá, a extensa programação incluirá ainda o anúncio do vencedor do prémio sueco Astrid Lindgren Memorial Award 2015, no valor de mais de 500 mil euros.
Destinado a escritores, ilustradores e entidades promotoras da leitura, o prémio será anunciado na terça-feira. Este ano, entre os nomeados, estão a escritora e promotora de leitura Margarida Botelho e o escritor António Mota.





O meu avô


O MEU AVÔ 
Catarina Sobral
2.ª EDIÇÃO

Colecção Orfeu Mini
Ano de edição 2014
N.º pp. 40
Formato 19 x 19 cm
EAN 9789898327321
Preço 12 euros

O meu Avô. E o Dr. Sebastião. Duas personagens, dois tempos diferentes. 

O meu Avô acorda todos os dias às 6 da manhã. O Dr. Sebastião acorda às 7. Cruzam-se todos os dias à mesma hora. O meu Avô já teve uma loja de relógios. Agora tem bastante tempo. O Dr. Sebastião não é relojoeiro nem tem tempo a perder. O meu Avô tem aulas de alemão e aulas de pilates. Escreve cartas de amor (ridículas) e faz regularmente piqueniques na relva, comme il faut. Depois, ainda tem tempo para ir buscar-me à escola… De Pessoa a Manet, de Almada a Tati, um livro repleto de referências artísticas. 

PRÉMIO INTERNACIONAL DE ILUSTRAÇÃO | Feira do Livro de Bolonha 2014 






Da mesma autora

VAZIO (2013)





ACHIMPA (2012)




GREVE (2011) 









26 junho 2015

História da Carochinha

Carochinha e João Ratão


Era uma vez
Uma linda carochinha
Que encontrou cinco tostões
Quando varria a cozinha.

Comprou fitas p’ró cabelo
E foi pôr-se à janela
Para ver se encontrava
Quem quisesse casar com ela.

Primeiro chegou o cão
Com ar muito convencido
Mas a carochinha disse:
- Não te quero para marido.

Depois foi a vez do gato
Que estava sempre a miar
A carochinha respondeu:
- Contigo não vou casar.

A carochinha continuava
Com a sua voz meiguinha:
- Quem quer casar comigo
que sou formosa e boazinha?

Chegou então o cavalo
Que se pôs a relinchar
A carochinha, zangada
Mandou-o logo passear.

Depois veio o senhor galo
Muito gentil e cavalheiro
Mas a carochinha disse:
- Ficas melhor no galinheiro.

A carochinha já estava
A ficar impaciente
Mas continuou à janela
À espera de um pretendente.

Veio ainda o senhor porco
Todo contente e janota
A carochinha disse logo:
- Não quero comer bolota.

- Além disso cheiras mal.
Disse ela toda exaltada
- Não posso casar contigo
porque sou muito asseada.

Passou depois um burro
Que ao pé dela zurrou
A carochinha assustou-se
E ali mesmo desmaiou.

Para além do senhor carneiro
Também o boi ali passou
Mas a carochinha, teimosa,
Todos eles recusou.

Já estava a ficar triste
A nossa linda carochinha
Já pensava em desistir
E voltar para a cozinha.

Apareceu então um rato
Pequeno mas jeitozinho
Que deixou a Carochinha
Logo presa pelo beicinho.

A carochinha sorriu
Ele estendeu-lhe a mão
- Deixe-me apresentar,
Chamo-me João Ratão.

Deram um grande beijo
E começaram a namorar
Até que um dia decidiram:
- Está na hora de casar!

Foram então bem juntinhos
Os amigos convidar
E logo uma grande festa
Começaram a preparar.

A Carochinha de vestido branco
E de lindo véu na cabeça
O João Ratão de fato novo
Estavam os dois uma beleza.

Já estavam quase a chegar
À igreja p'ró casamento
Quando diz o João Ratão
- Espera aqui só um momento.

- Deixei as luvas em casa,
ficaram em cima da mesa.
Afinal o que ele queria
Era cheirar a sobremesa.

Antes da sobremesa
Decidiu espreitar o feijão
Mas nesse exacto momento
Deu um grande trambolhão.

Caiu dentro da panela
E ficou lá a gritar
A carochinha na igreja
Já não sabia o que pensar.

Decidiu voltar a casa
Para saber o sucedido
João Ratão já não gritava
Estava mais do que cozido.

Chorou então a Carochinha
E o povo todo, comovido,
- Mas que triste sorte a minha
que já não tenho marido.

Desta simples história
Fique a seguinte lição
Ninguém seja tão guloso
Como era o João Ratão.